A obsessão do ambientalismo: o Homem, esse pulha
Coluna de hoje do Expresso online:
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Séculos depois, este ambientalismo é o herdeiro directo dessa mentalidade. Mudou de cor? Sim. A utopia tecnológica deu lugar à distopia ambiental? Sim. Mas a maneira de pensar é a mesma: o Homem está no centro de tudo. O Homem santo do iluminismo deu lugar ao Homem pulha do ambientalismo, mas o Homem continua a ser a causa de tudo. É por isso que - como dizem vários cientistas não-ativistas - os vulcões e as variações do Sol ficam de fora dos modelos climatéricos do costume. Um pouco estranho, não? É por isso que que as vanguardas do ambientalismo procuram explicações antropocêntricas para fenómenos naturais como o tsunami do Japão. Como não toleram a existência de forças superiores ao Homem, como não toleram uma natureza superior ao Homem, estas vanguardas verdes acham que os atos da natureza só podem ser efeitos de uma causa humana. Um pouco anti-científico, não?