Islão, esse sítio porreiro para as mulheres
Em "Desonrada" (Livros do Brasil), a paquistanesa Mukhtar Mai conta a sua história sinistra. Na aldeia, começou a circular o seguinte boato: o irmão mais novo de Mai terá namoriscado, sem permissão, uma rapariga do clã superior. Em resposta, o tribunal da aldeia decretou que, para compensar o crime do irmão, Mai deveria ser violada pelos homens do clã superior. E assim foi.
Convém ter em atenção que esta misoginia bárbara não atinge apenas os cantos mais obscuros do Islão. Junto do chamado 'Islão moderado' também encontramos casos semelhantes. Em "Despedaçada" (Campo das Letras), a franco-marroquina Touria Tiouli descreve como foi presa por ter sido violada no Dubai. É isso mesmo, cara leitora: Tiouli foi violada por três gandulos, e as autoridades, em vez de perseguirem os violadores, acusaram Tiouli de "relações sexuais fora do casamento", um crime gravíssimo no moderníssimo Dubai. A vida das mulheres muçulmanas é, de facto, um "monte de sarilhos".