14Out10 Do pós-modernismo Henrique Raposo Ok, ok, David Foster Wallace cai, não raras vezes, numa espécie de barroquismo pós-moderno que visa unicamente um efeito cómico e que nos distrai do essencial (partindo do princípio que o essencial não é a exibição do barroquismo pós-moderno). Concedo. No entanto, a recensão à biografia de Dostoievski, de Joseph Frank, tem isto (...) Frank’s bio prompts us to ask ourselves why we seem to require of our art an ironic distance from deep convictions or desperate questions, so that contemporary writers have to either make jokes of them or else try to work them in under cover of some formal trick like intertextual quotation or incongruous juxtaposition, sticking the real urgent stuff inside asteriks as part of some multivalent defamiliarization-flourish or some such shit. (...) Como é que alguém que é apresentado na capa do livro como “The heir apparent to Thomas Pynchon” escreve uma coisa destas, em choque com tudo o que de sagrado há no pós-modernismo? David Foster Wallace suicidou-se em 2008. Bruno Vieira Amaral link do post favorito