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"O líder do PCP seguiu a linha revolucionária de Moscovo, e recusou a atitude democrática dos eurocomunistas. Ao contrário do PCE, PCF e PCI, o PCP assumiu sempre que uma aliança democrática com um aliado de centro-esquerda era um “desvio de direita”. Todos os anos, na altura do 25 de Abril, a imprensa recorda o contraponto entre o PCP e extrema-esquerda maoista nos anos quentes do PREC. Mas o choque que interessa analisar não é esse. O contraponto entre PCP e eurocomunistas é que devia estar no centro das atenções, pois foi esse choque ideológico que definiu até hoje as relações das esquerdas dentro da III República. Este ADN é tão forte que passou directamente do PCP para o BE. Em 1967, Cunhal excluiu Soares da esquerda. Entre 1999 e 2012, Louçã considerou sempre que a social-democracia não é de esquerda e colocou o PS na “direita”. Resultado? Tal como o PCP, o BE manteve até hoje uma obstinada recusa em fazer qualquer tipo de acordo com PS. A esquerda está no mesmo sítio desde 1967. Esteja ou estiver, Cunhal está a sorrir".
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