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"(...) Para se proteger das críticas e das perguntas, o leãozinho do Rato inventou uma teoria que destrói as regras de uma sociedade livre: a "liberdade respeitosa".
A liberdade respeitosa de Sócrates assenta num malabarismo jurídico: o primeiro-ministro José Sócrates, o homem público que deve ser escrutinado sem piedade, esconde-se atrás do direito ao bom-nome do José. Ou seja, quando não gosta das críticas dirigidas à sua conduta pública, Sócrates invoca que o José ficou ofendido; uma crítica pública dirigida ao primeiro-ministro é assim transformada numa ofensa pessoal. Truque catita, ah? E não fica por aqui. Além de proteger o primeiro-ministro das críticas, esta artimanha legitima manobras impróprias, como se viu nos últimos dias. Os adeptos do socratismo acham normal que o José aplique uma pressão mui privada, ora essa, sobre os média. No país da liberdade respeitosa, o José pode andar a telefonar para as redacções com o objectivo de congelar as perguntas incómodas que é preciso fazer a José Sócrates. E, claro, a pressão do José sobre um executivo de televisão é uma mera "conversa privada"".
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