Nas bancas esta sexta-feita
Portugal do Avesso, as crónicas da crise e da redenção (2009-2011)
D. Manuel Clemente, no prefácio: "Neste sentido é expoente de uma geração nova e afirmativa".
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Portugal do Avesso, as crónicas da crise e da redenção (2009-2011)
D. Manuel Clemente, no prefácio: "Neste sentido é expoente de uma geração nova e afirmativa".
Coluna de hoje do Expresso online:
(...)
Moral da história? Os socráticos querem que Seguro vote contra o OE'12, porque uma abstenção de Seguro representa (representará?) um PS que aceita como verdadeiro o buraco orçamental deixada por Sócrates, porque uma abstenção de Seguro representa (representará?) uma condenação tácita da herança de Sócrates. E esta gentinha socrática não aceita isto. Porquê? Porque esta fauna não está a defender o país. Está a defender, isso sim, o seu dono, essa pessoa genial que anda a pavonear os fatos Armani pelos melhores restaurantes de Paris.
A empresa Waydip, criada na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foi selecionada como uma das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo, num concurso da Kauffman Foundation.
Isso é suficiente para gostar muito deste senhor. Quem é atacado pela canalha socrática só pode ter a minha estima.
Depois de lerem isto do Francisco sobre Downton Abbey, têm de ler Bilhetes de Colares. A mãe de Kotter é uma Maggie Smith couraçada, e o mordomo é um ex-comando. Bilhetes de Colares, minha gente, dava um grande seriado português.
O que fascina nesta série, aliás, o que fascina nestes ambientes é o estado da natureza. Os zombies, ou os ETs, ou os motards de Mad Max são o pretexto para a recriação do estado da natureza, a ausência da lei, a ausência do Leviatã. O fascínio que encerram vem daqui. Como o Ocidente já não se lembra do que é uma guerra ou guerra civil, a nossa cultura tem de encontrar outros territórios para ilustrar este medo hobbesiano. É por isso que há tanto filme e série com zombies, ETs invasores (cenário pós-apocalíptico, pós-Leviatã) ou com orcs e elfs (um cenário medieval, ou melhor, mítico pré-Leviatã). Por seu lado, a cultura chinesa não precisa de zombies e orcs. O medo hobbesiano não saiu do mapa mental chinês e asiático e, por isso, boa parte do cinema chinês gira em torno das guerras civis anteriores à unificação e em torno do período de humilhação às mãos de ocidentais e japoneses. Hobbes, meus amigos, é intemporal e universal.
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