Universal/Particular
Uma história universal, apesar de ser um retrato de um subúrbio de Lisboa
Uma história universal, porque é um retrato de um subúrbio de Lisboa.
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Uma história universal, apesar de ser um retrato de um subúrbio de Lisboa
Uma história universal, porque é um retrato de um subúrbio de Lisboa.
Este caso das estradas de Paulo Campos é mais grave do que o Freeport. O Freeport não custou nada ao estado, que se saiba. O Freeport é brincadeirinha. Estas estradas representam 600 milhões. Será que o MP está só à espera de uma carta anónima?
Os meus primeiros contactos com Torga não correram bem. Não gostei, não encaixei. Mas, há dias, um amigo disse assim: "se gostas tanto de Rentes, és bem capaz de gostar dos diários do Torga". Vamos lá ver isso. Vamos lá ver se chego a Torga através de J. Rentes de Carvalho.
Coluna de hoje do Expresso online:
(...)
Em 2009, Manuela Ferreira Leite disse a todos os portugueses que o caminho do endividamento era insustentável. Como se sabe, os eleitores escolheram a via socrática. Portanto, o país inteiro é responsável pelo buraco em que se encontra. Esta lengalenga de levar a tribunal todos os governantes é desculpa de mau pagador. No seu conjunto, os governos PS não foram vigaristas, foram apenas socialistas.
Porém, importa perceber uma coisa: se a governação como um todo não pode ser investigada, um ato de governação em concreto pode ser investigado (ex.: Freeport). E, depois de ver esta reportagem da TVI , a minha pergunta é só uma: no meio desta embrulhada de estradas e estradinhas, o Ministério Público não encontra nada de estranho?
(...)
1. É porreiro quando surge um elogio de um ex-professor que partilha apenas 16% dos nossos pressupostos. Neste caso, até é um pouco mais, talvez 50%. Mas não faz mal, porque há um pressuposto que vale por muitos: a ideia de que Portugal cresceu muito entre 1950 e 2000. Sim, isto não é a Suécia, ok (juram?) e há que ter isso em conta quando aparece um power point a prometer Estocolmo ali em Santarém. Mas isto também não é Marrocos de cima. Quando se olha para o nosso século XX, não se pode dizer que "nada mudou", não se pode ter uma visão apocalíptica de Portugal. Mas essa visão existe e é hegemónica, até em períodos de crescimento: em 1990 muita gente dizia o mesmo que diz em 2011 (em 1990, Portugal crescia a taxas sul-coreanas). Na verdade, a nossa cultura, a nossa narrativa nem sequer chega à parte do copo meio cheio ou meio vazio. Em Portugal, a narrativa principal - a queirosiana - diz que nem sequer há copo.
2. No nosso debate dominado por um optimismo lorpa (que surge de vez em quando) e por um pessimismo de Jeremias (que está cá sempre), convém encontrar um espaço de cepticismo. Pedro Lains é muito importante nesse ponto.
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