Qual é a lógica disto?
Também aliviaria o trabalho dos centros de saúde, onde estão os tais médicos estrangeiros indiferenciados de que tanto discorda.
Estão a contratar-se médicos que não têm a mesma competência para acompanhar doentes que um especialista em medicina geral e familiar.
E há alternativa?
A maioria dos especialistas portugueses reformados voltavam se lhes pagassem o mesmo que aos médicos estrangeiros indiferenciados: 2500 por mês em vez de 1500. Numa semana todos os portugueses teriam médico de família. Infelizmente, o governo anterior optou por uma medida populista que não resolveu o problema.
Não? Esses médicos estão a trabalhar, estão a ver doentes.
Nem todos. Soube que um colega colombiano, que já chumbou duas vezes no exame de comunicação, está a receber vencimento, sem trabalhar.
E, em vez de importar médicos, por que razão não se pagou aos reformados?
A justificação que me deram é absurda e é por isso que este país está na bancarrota. Que seria dar aos médicos um direito que não é dado aos outros funcionários públicos: de voltar a trabalhar para o Estado depois da reforma.
Entrevista do bastonário da ordem dos médicos no Expresso de sábado.