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Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

30
Set11

O Bambi é p'ra meninos

Henrique Raposo

Henrique Raposo, A Tempo e a Desmodo - Um durão com coração de Bambi

 

 

Coluna de hoje do Expresso online:

 

(...)

 

Uma multidão de observadores ficou surpreendida com a presença da espiritualidade no último filme de Clint Eastwood, "Hereafter". Confesso que não percebo o espanto. A redenção - tema espiritual e religioso por excelência - é uma constante na obra do mestre. Em "Imperdoável", "Mundo Perfeito"ou "Crime Real", as personagens de Eastwood esboçam o caminho da redenção. Ora, "Gran Torino" é a sublimação dessa marca eastwoodiana, é a parábola perfeita sobre a redenção. E, meus caros cinéfilos, o trajeto redentor de um durão pode ser tão emotivo como o "Bambi". Não choramos, mas ficamos com um nó na garganta durante uns dias. Ou seja, choramos em câmara lenta, como bons adultos vacinados. "Gran Torino" é isso tudo.

 

(...)



30
Set11

O investimento em Sines

Henrique Raposo

Álvaro Santos Pereira disse, há dias, que está para breve o maior investimento estrangeiro em Portugal. Será aquilo que está na p. 27 do "Sol"?

30
Set11

Paulo Macedo está a partir a loiça

Henrique Raposo

1. Uma medida de Paulo Macedo até parece que saiu deste último estudo sobre a saúde em Portugal. Em Portugal, as pessoas vão demasiadas vezes ao hospital, quando, na maioria dos casos, bastava ir ao centro de saúde. O que Paulo Macedo vai fazer é aquilo que já existe na Alemanha, por exemplo: x não pode ir ao hospital só porque lhe apetece; x tem de passar - em primeiro lugar - pelo centro de saúde, que avalia a importância do caso. Mais: se o hospital for mesmo necessário, x não pagará nada no hospital, porque passou em primeiro lugar no centro de saúde.

 

2. Em boa parte dos casos, as pessoas apenas precisam de um enfermeiro, e não de um médico. Outro problema identificado pelo estudo? Temos poucos enfermeiros nos centros de saúde. Isto também devia mudar.

29
Set11

Nórdicos

Henrique Raposo
29
Set11

A obsessão do ambientalismo: o Homem, esse pulha

Henrique Raposo

Henrique Raposo, A Tempo e a Desmodo - A obsessão do ambientalismo: o Homem, esse pulha

 

Coluna de hoje do Expresso online:

 

(...)

 

Séculos depois, este ambientalismo é o herdeiro directo dessa mentalidade. Mudou de cor? Sim. A utopia tecnológica deu lugar à distopia ambiental? Sim. Mas a maneira de pensar é a mesma: o Homem está no centro de tudo. O Homem santo do iluminismo deu lugar ao Homem pulha do ambientalismo, mas o Homem continua a ser a causa de tudo. É por isso que - como dizem vários cientistas não-ativistas - os vulcões e as variações do Sol ficam de fora dos modelos climatéricos do costume. Um pouco estranho, não? É por isso que que as vanguardas do ambientalismo procuram explicações antropocêntricas para fenómenos naturais como o tsunami do Japão. Como não toleram a existência de forças superiores ao Homem, como não toleram uma natureza superior ao Homem, estas vanguardas verdes acham que os atos da natureza só podem ser efeitos de uma causa humana. Um pouco anti-científico, não? 



29
Set11

O obscurantismo verde

Henrique Raposo

 

(...) as lunáticas reacções do ambientalismo ao tsunami. Lunáticas, não. Obscuras. Obscurantistas. Por exemplo, com aquela inteligência juvenil que está a marcar o seu crepúsculo, o dr. Mário Soares tentou relacionar a "mão incompetente e desastrada do Homem" com o tsunami. De igual modo, Steffan Nilsson, presidente de um fórum catita chamado Comité Económico e Social Europeu (CESE), estabeleceu uma relação de causa/efeito entre o aquecimento global e o tsunami. Aquele maremoto, diz-nos Nilsson, foi um sinal da Mãe Natureza. Ou seja, o sr. Nilsson acha que a Mãe Natureza está zangada com a humanidade, porque a dita humanidade não está a combater o aquecimento global. Vai daí, a Mãe Natureza meteu o velho Neptuno a surfar aquela onda gigantesca para castigar o Homem. Os japoneses, ainda por cima, estavam mesmo a pedi-las: comem baleias, constroem muitos carros e vêem pornografia esquisita.

Entretanto, num superior momento de inteligência, a declaração de Nilsson foi apagada do site do CESE. Não faz mal: eu imprimi aquela preciosidade que apenas confirma a crescente religiosidade do ambientalismo europeu. Este fanatismo verde está mesmo a transformar a natureza num deus castigador. (...)

Esta malta diz que está do lado da ciência, mas, como é visível, os seus actos revelam sempre um profundo obscurantismo. Neste sentido, os ambientalistas deviam ter como trabalho de casa a leitura de um livro chamado O Mal no Pensamento Moderno. Nesta preciosidade neo-kantiana (...), Susan Neiman explica que, depois de 1755, Deus deixou de contar para a explicação dos fenómenos naturais. Ou seja, a partir do terramoto de Lisboa, separou-se o mal natural do mal moral. Para nós, aqui em 2011, esta distinção é óbvia. É por isso que conseguimos distinguir Lisboa (1755) de Auschwitz (1945). Mas esta ferramenta mental só estabilizou depois de 1755. E, como é fácil de perceber, esta rutura epistemológica entre Deus e a Natureza foi um dos factores que impulsionou a ciência moderna. Ora, com esta conversa da Mãe Natureza, os ambientalistas estão a recuperar o obscurantismo pré-1755. Ao moralizar a natureza, ao deificar as catástrofes naturais, os ambientalistas estão a perverter o espírito científico. São beatos verdes"

28
Set11

A desonestidade árabe perante Israel

Henrique Raposo

Henrique Raposo, A Tempo e a Desmodo - A desonestidade árabe perante Israel

 

Coluna de hoje do Expresso online:

 

(...)

 

A desonestidade de Aswany e dos árabes em geral não está nas críticas a Israel. As acções de Israel podem e devem ser criticadas. A desonestidade está no facto de os árabes não olharem para factos simples: o Hamas dispara rockets contra Israel, os túneis servem para o Hamas receber mais armas. Uma discussão séria do assunto tem de contemplar estes dois factos. Mas, na visão árabe, estes pormaiores são simplesmente ignorados. Porquê? Porque Aswany & cia. não estão interessados nos erros políticos de Israel. Para Aswany, Israel é um erro, um erro histórico, um erro ontológico. E quem pensa assim não perde tempo com análises a erros de conjuntura, não é verdade?

(...)

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