(...)
Se tivessem a coragem para esquecer Habermas e abraçar Aron, os europeus descobririam que a Europa faz parte de uma imensa confederação kantiana, que assenta na ideia mais reluzente do património político europeu: a democracia liberal. Mas nada disto vai acontecer. A elite europeia não tem a humildade suficiente para se confrontar com a realidade. Entre a ilusão da humanidade unificada no estirador eurocêntrico e a realidade pós-atlântica, a elite europeia escolhe sempre a primeira. A elite europeia prefere estar errada com Habermas do que estar certa com Aron. Os antigos tinham um nome para este fenómeno: decadência. Este livro é uma revolta documentada contra essa decadência.