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A recensão deste livro mui importante para compreender o nosso século XIX e para compreender a cultura política que ainda hoje marca Portugal.
Uma coisa é recriar um drama humano dentro de um cenário político e intelectual. Esse fresco é o veículo para o drama humano, para os dilemas das personagens. Outra coisa, bem diferente, é transformar um filme num panfleto político, no qual as personagens são clichés políticos e intelectuais. A-ficção-tese-política nunca sai bem.
Coluna de hoje do Expresso online:
(...)
A associação de professores da língua portuguesa está a dizer que os escritores da língua portuguesa são um empecilho às aulas de português. Caramba, isto é um episódio dos Monty Python no meio da realidade. Isto é a realidade transformada numa comédia do absurdo.
Como se isto não fosse suficiente, parece que os testes passaram a ser de cruzinhas. Parece que o ato de ler e o ato de escrever estão a ser banidos das aulas de português. Estas pedagogias pós-moderninhas da treta estão a criar pessoas sem a capacidade de pensar, sem a capacidade de imaginar coisas além daquilo que veem na TV.
(...)
Se aquilo que está no artigo da Maria do Carmo Vieira é verdade, então só há uma coisa a dizer: a Associação de Professores de Português é uma vergonha. Uma vergonha. E aquela gente devia ser banida das escolas.
"... em 2002 (e, agora, em 2011), peritos e militantes da nova ideologia pedagógica, incluindo a Associação de Professores de Português, acusaram a literatura de prejudicar o estudo da língua e impedir o trabalho com a oralidade, defendendo, com intransigência, o desaparecimento da literatura dos programas e a exclusividade de textos utilitários e informativos".
Maria do Carmo Vieira, Público 26 de Julho de 2011, p. 36
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