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Em 'A Guerra do Fim do Mundo' (D. Quixote), Vargas Llosa oferece-nos um leque de personagens inesquecíveis, a começar nos jagunços transformados em acólitos-guerreiros de um santo sebastianista, e a acabar nos jacobinos que guerreiam os jagunços. Como pivot do enredo, encontramos o barão Canabrava, o céptico que não entende nem a fúria religiosa nem a fúria ateia. E, no coração do livro, temos Jurema e os seus amores. Brasil no final do século XIX? Também. Mas é, acima de tudo, um estudo universal do fanatismo, do amor (ai, Jurema), da honra e da sempre improvável busca da redenção (João Abade foi naturalmente para o céu).
Coluna de hoje do Expresso online:
(...)
Em 1987, "Vítor Constâncio procurou dizer que, com ele, o PS não era um partido agarrado a tabus ideológicos ultrapassados, mas um partido aberto à modernidade, agora que estava liberto 'vulgata marxista e do velho paradigma de um socialismo administrado por um Estado superprotector', como ele próprio afirmou" (p. 36 do livro ao alto). Imaginem o que acontecia se Seguro ou Assis afirmassem que "o PS precisa de sair de velhos paradigmas e de ultrapassar a ideia do socialismo assente num Estado burocrático"? A histeria rebentaria no velho PS e na velha imprensa. Mas isso seria um ótimo sinal. O PS precisa de um novo Constâncio, até porque Portugal precisa de um novo '1989'.
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