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Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

15
Jun11

Uma certa morte do espaço público

Henrique Raposo

"No mundo de hoje é demasiado frequente os grupos falarem para si próprios e não uns com os outros: judeus para judeus, cristãos para cristãos, muçulmanos para muçulmanos (...) A proliferação de canais de comunicação - mail, grupos de chat, internet, jornais online e os milhares de canais de televisão por cabo ou satélite - significa que já não radiodifundimos. Radiolimitamos. Já lá vai o tempo em que as pessoas com ideias diferentes eram obrigadas a partilhar uma arena para se encontrarem e discutirem com os seus adversários. Hoje podemos ter como alvo aqueles que concordam connosco e eliminar as vozes dos que discordam. Quem quer dar a conhecer os seus pontos de vista fá-lo de maneira a captar a atenção dos media - regras geral através de certas formas de violência ou protesto, um acontecimento que possa ser captado por uma imagem dramática (...) A ideia de pensar em conjunto sofreu um golpe fatal no século XX com o fim da linguagem moral, o desaparecimento do 'eu devo', substituído por 'eu quero' (...) As imagens dirigem-se à emoção, não produzem, por si sós, entendimento. O resultado é que ganha o protesto mais visual, a voz mais irada e o slogan mais extremo".

15
Jun11

Sobre a intervenção na Líbia

Henrique Raposo

 

Capítulo IX

Entente formidable, a esperança

A aliança entre Paris e Londres é a condição sine qua non para uma Europa global

 

 

“Neste mundo em mudança, onde emergem novas potências económicas e militares, o peso demográfico e económico do Ocidente diminui automaticamente”.

Nicolas Sarkozy

 

“A relação EUA-Reino Unido (…) não deverá recuperar a proximidade política dos períodos da guerra fria e pós-guerra fria. Nos próximos anos, os governos britânicos não podem continuar a assumir que a sua política internacional deve ser coordenada, em primeiro lugar, com Washington, para depois ser ‘vendida’ aos parceiros europeus”.

Stephen Wall et al

 

“As origens e a idade de Barack Obama não o dispõem a prestar grande atenção à Europa”.

Thierry de Montbrial

 

 

Em Março de 2008, uma visita de Nicolas Sarkozy a Londres abriu a porta a uma possível revolução na política de defesa europeia. Ao lado de Gordon Brown, o Presidente francês anunciou duas novidades na perspectiva estratégica francesa. Em primeiro lugar, Sarkozy – de forma inédita na história recente do seu país – propôs uma parceria entre França e Reino Unido (a “entente amicale”, que Brown rebaptizou como “entente formidable”[iv]). Esta entente, dentro da visão de Sarkozy, tem uma função clara: liderar a UE na sua dimensão externa, a fim de garantir à Europa uma efectiva capacidade de acção na política mundial. Em segundo lugar, Sarkozy fez um apelo aos britânicos: Londres deve estar no centro da política europeia. Eis outra novidade na história francesa. Charles de Gaulle impediu a entrada do Reino Unido na Comunidade Europeia; Mitterrand e Chirac procuraram sempre colocar Londres numa posição marginal dentro da Europa. Sarkozy rasgou com este passado[v].

Esta – hipotética – aliança entre Londres e Paris é essencial para que a Europa alcance dois objectivos. (...)



15
Jun11

Ó mãe, os estrunfes são do PCP

Henrique Raposo

 

 

Coluna de hoje do Expresso online:

 

(...)

 

Antoine Buéno diz que os estrunfes de Peyo têm mensagens subliminares alusivas ao totalitarismo, nomeadamente do totalitarismo comunista (não vale rir, caro leitor). Porquê? Ora, porque "todos os estrunfes se vestem da mesma maneira" (quem diria), "têm casas iguais às dos vizinhos" (o que demonstra a existência de planos quinquenais para o urbanismo)", "não são conhecidos pelos seus nomes pessoais" (um violento ataque à ética cristã) e, reparem, vivem num espaço partilhado onde a "iniciativa privada não é estimulada" (caramba, Peyo não leu Hayek - prova inequívoca do seu totalitarismo).

 

(...)

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