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"A larga experiência acumulada no estrangeiro e as oportunidades aliciantes de que aí desfrutou - sendo Mme. de Stael apenas a sua amante mais famosa".
"O conservadorismo inglês, tão distinto da obstinação reaccionária que ele encontrava na maior parte da velha aristocracia portuguesa, foi sempre o seu modelo".
1. No Expresso, ótimo trabalho de Filipe Santos Costa (com bonecos de Cristiano Salgado) a relembrar os debates de 2009. Está lá tudo. É só ir rever os ditos. Em 2009, Sócrates dizia que falar em "endividamento" era bota-abaixismo e confundia endividamento com recessão.
2. Em 2009, escrevi este resumo dos ditos debates. Dois anos depois, não mudo uma linha.
Devem ser pouquinhos, não devem vender o que mereciam vender, estão desfalcados na opinião, perderam uma direcção inteira, no fundo, não vivem num mar de rosas, mas, mesmo assim, a equipa do "i" continua a fazer o melhor diário. E não estou a falar do aspecto (se não sabem, o "i" é o jornal mais catita do mundo), estou a falar da substância. Podemos ler um número do "i" várias dias depois. Por exemplo, li hoje o número de 22 de Abril, e estava lá um dos melhores trabalhos dos últimos tempos: "Portugal, esse velho neurónico" (António Rodrigues e Kátia Catulo). Nesta peça, podemos ver como é patético o pessimismo apocalítico dos portugueses. Patético. Portugal tem o mesmo grau de pessimismo da Líbia e da Serra Leoa. Com ou sem crise, isto revela uma doença terminal na nossa cultura, na nossa autopercepção.
Com o devido respeito (e é muito), Proença de Carvalho devia evitar fazer comentários políticos, devia evitar dar opiniões públicas sobre o actual momento do país. Não se pode ser advogado de José Sócrates de manhã e comentador imparcial à tarde.
"Uma dose de pessimismo recorda-nos que a grande arte não aparece facilmente, que não existe fórmula para a produzir, e que a criatividade só faz sentido se também houver regras que a limitem. Essas regras não são arbitrárias nem inventadas. Tal como a sintaxe da harmonia tonal, evoluíram do diálogo ao longo de séculos entre o artista e o público (...) as regras podem ser quebradas mas primeiro têm que ser incorporadas. Respeitamos a quebra das regras por Schoenberg em Pierrot Lunaire, em parte porque estavam a ser quebradas pelo compositor de Gurrelieder e Verklarte Nacht. Não respeitamos a quebra aleatória de regras por alguém como Tracey Emin, que parece nunca as ter dominado".
A coluna de hoje do Expresso online:
(...)
Isso é ser ingénuo. Isso é pensar que a democracia escolhe quem tem razão.
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