Eu gostava muito de saber uma coisa: qual é a opinião de, vá, Alegre e Ferro Rodrigues sobre o pacto laboral de Helena André?

1. aqui.

2. Mas o que é espantoso é ver que, vá, a "atmosfera" do nosso jornalismo continua a fazer o jogo de Sócrates. Qualquer acto de Passos é ampliado até ao absurdo, quando atos de governação de Sócrates ficam sem eco (ex.: Teixeira dos Santos diz que vivemos acima das nossas possibilidades. Jura? E só descobriu isso agora?; ex.: o TGV parou, porra, mas fala-se do Facebook do Nobre). Parece que existe medo em criticar, sem medos, Sócrates e o PS. Mesmo depois disto tudo, mesmo depois de ataques sem precedentes a jornalistas, o "jornalismo político" continua a proteger o PS e Sócrates. Porquê? Porque um governo de esquerda não pode ser criticado sem reservas, é isso? 

PS: ler isto do Miguel Noronha.

Coluna de hoje do Expresso online

O governo parou o TGV. Isto não é apenas bom senso. É uma derrota monumental para Sócrates. Mas vemos o quê nos jornais? O spin socrático contra Passos Coelho. O jornalismo português adora a intriga, a baixa política (o terreno de Sócrates), e tende a esquecer os problemas reais do país (onde estão Cavaco, Passos e Portas). O TGV parou, está parado, mas não se fala disso. Só se fala das negas que os Capuchos desta vida estão a dar a Passos. Confesso que a ordem de prioridades das redacções portuguesas é uma coisa que continua a ser um mistério para mim. Eu julgava que estava num país falido, com sérios problemas de crescimento gerados por um modelo económico assente nos TGVs desta vida. Mas não: estou num país normalíssimo, num país a crescer a 5%, e é por isso que os jornalistas se divertem com a pequena política e com o spin do poder, que, meus deus, não enterrou o país.