1. Tudo isto foi mau demais para ser verdade. Um partido a fingir que a realidade não existe. Vitorino permitiu isto. Costa permitiu isto. Assis permitiu isto. Caramba, ouvindo Sócrates, até parece que foi Portugal que emprestou dinheiro ao exterior.

2. Nunca pensei ver ao vivo uma manifestação colectiva de "negação" deste tamanho. Pensei que isto só aparecia nos livros de História ou assim. Ver isto ao vivo não tem preço para quem escreve.

Proposta de slogan para o PS: How to draw a party.

José Sócrates: "queremos que as exportações representam 40% do PIB em x". Reparem: queremos. Chega a ser patético: é como se a economia resultasse da vontade, e não da realidade. Queremos. Política como o triunfo da vontade, e da desgraça que se segue a isso.

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Fiquei com a impressão de que as Novas Oportunidades são um triunfo eleitoral permanente de José Sócrates. O povo levanta-se quando ouve "Novas Oportunidades" ("povo" é aqui um termo relativo: o "povo", do berdadeiro, é mais no PCP e no PSD; aqui a malta é mais xpto). Tenho de ir investigar o porquê deste fenómeno do Entroncamento em versão pedagógica.

No dia das eleições, também teremos estes autocarros?

Ministro sueco das Finanças: Governo português é responsável pela situação do país

Antes da descrição do primeiro dia do congresso da negação, uma nota prévia: quando comecei a escrever no Expresso, em 2008, falar em "atacar a rigidez laboral" era um tabu completo. Em 2011, o centro-esquerda faz do ataque à rigidez laboral uma das suas bandeiras eleitorais. Ai, estou que nem posso.

O "centralismo democrático" domina o PS.