Drums of redemption
A outra banda sonora do momento político.
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A outra banda sonora do momento político.
A banda sonora para o momento político.
Este indivíduo corta na reforma do meu padrinho (uns míseros euros) e não acaba com o TGV. E depois diz que quem o critica é um traidor à pátria. Nem sei o que te diga, rapazinho. Não sei o que te diga.
(...) Gostei, sobretudo, da parte em que V. Exa. mencionou a distância pantagruélica que existe entre os políticos da mercearia virtual e o país real. Nem por acaso, eu passei a semana num retiro, digamos, forçado neste país real e antimediático. E, meu caro Presidente, quando espojo os meus neurónios na nação de buço não-depilado, eu confirmo sempre uma tese mui científica: não existe um Portugal; existem três Portugais.
(...)
Sim, drama queen, faz lá o teu show do costume, "o mundo está contra mim" e não sei quê. Porque não podes ir embora, meu amor. Tens de ficar, porque vais ser derrotado, humilhado em eleições.
1. Escreve Eliade em 1941: "quão ridícula me parece, mais uma vez, a moral desta guerra britânica! Não disseram nada quando os Sovietes tomaram a Bessarrábia, os países bálticos, metade da Polónia, parte da Finlândia - gritam pelo corredor de Danzig e agora ajudam Estaline em nome da democracia, da liberdade, do cristianismo...".
2. Reler Davies.
Há uma coisa que a malta não percebe: o país não pode ir mais para a esquerda. Não dá mais. Portugal já é o país mais à esquerda da OCDE em diversos domínios. Querem mais esquerda? Como? Por onde? Só se quiserem Portugal fora do euro e da UE. Aí, sim, Portugal poderá encontrar caminhos novos para o seu "orgulhosamente sós" versão socialista.
Coluna de hoje do Expresso online:
(...)
III. Este problema apanhou de frente a minha geração. Queríamos começar a vida adulta, mas não havia casas para alugar, ou então eram muito caras (porque, lá está, há poucas casas para alugar; os proprietários - simplesmente - desistiram de aturar rendas de 15 euros e inquilinos que não pagam e não saem). Mais: com o fim do crédito fácil este problema tornou-se ainda mais aflitivo. Porque os bancos vão deixar de fazer as irresponsabilidades que faziam no passado. Porque era, de facto, irresponsável dar um crédito à habitação a um jovem de 23 anos sem uma vida profissional consolidada (e agora queixem-se do crédito mal parado, que eu não tenho pena nenhuma). A juventude portuguesa (e pensem também naqueles que têm agora 10/15 anos e que merecem começar a sua vida adulta de outra forma) precisa de um mercado de arrendamento sólido, porque só assim poderá sair de casa dos pais em tempo, vá, útil. Caramba, as cidades portuguesas precisam de ser cidades normais, isto é, precisam de ter uma vida que resulta do arrendamento de apartamentos por parte dos jovens em início de vida adulta. É assim tão difícil compreender isto? Portugal, mais uma vez, tem aqui uma lei que o torna completamente distinto (para pior) no contexto europeu/ocidental, e não fazemos nada sobre isso?
(...)
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