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Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

23
Nov10

Os fascistas que vão à bolsa de valores

Henrique Raposo

1. É irritante ver pessoas com dois palmos de testa a usar o termo mais desonesto: "neoliberal". Esta palavra tem o mesmo objectivo do antigo "fascista". Aquele que é rotulado de "neoliberal" é (1) burro ou (2) maldoso, logo, os seus argumentos nem sequer podem ser ouvidos.


2. O problema é que os paraísos nórdicos são "neoliberais". Aliás, os países europeus que estão bem são todos - sem excepção - "neoliberais" (Polónia, Suécia, Holanda, Dinamarca, etc.). A realidade é lixada.

23
Nov10

Guerra old school?

Henrique Raposo

 

Neste livro, digo - várias vezes - que o terrorismo não é a nossa principal ameaça. A nossa principal ameaça está nos - possíveis - conflitos à moda antiga entre Estados. Old school stuff. Estou a falar de "guerras" comerciais e cambiais. E estou a falar de guerras à moda antiga, guerras-guerras, com mortos e tanques e assim - aquilo que se está a passar na Coreia cheira a pólvora. E, cada vez mais, a Ásia do XXI assemelha-se à Europa do XIX. Mas, graças a deus, a Ásia do XXI tem um elemento extra: os EUA, a almofoda estratégica daquela região.

23
Nov10

Causa - Efeito

Henrique Raposo

- Relatório de execução orçamental de Outubro diz uma coisa: a despesa continua a aumentar. A despesa continua a aumentar. A despesa continua a aumentar. E eu gosto muito da linguagem do governo: "ah, mas está a aumentar devagarinho, tipo 2%". Pois, é que a despesa devia estar a cair pique, e continua a aumentar.

 

- Os juros da nossa dívida sobem.

23
Nov10

1600 dias para ver a cor do dinheiro

Henrique Raposo

 

 

Texto de hoje do Expresso online

 

(...)

 

E enquanto a nossa justiça não funcionar a uma velocidade aceitável, todas as reformas ou medidas económicas esbarrarão na ineficiência judicial.

II. E sobre isto lanço apenas um número: 1600. 1600 dias é o tempo médio que uma dívida demora a ser saldada pela via legal em Portugal (Jornal de Negócios, 26 de Outubro). Num país de indignados, onde tudo causa sempre muita indignação, eu gosto de evitar a palavra "escândalo". Mas isto é, de facto, um escândalo, um silencioso escândalo que está a destruir a nossa economia, a nossa sociedade. Os empresários não confiam uns nos outros, têm medo de aceitar novos clientes, pois têm receio de apanhar com novos caloteiros. Em conversa com muitos desses empresários (estou a falar de empresários, não dos gestores das PTs e EDPs) fica sempre esta impressão paradoxal: eles têm medo de apanhar novos clientes, porque nunca sabem se "aqueles tipos são de confiança". Este medo não existe nos países em que as dívidas são rapidamente atacadas pelos tribunais (Suíça: 59 dias; França: 89 dias). Mas este medo é a essência da nossa economia.

 

(...)

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