boys, boys, boys
II. Ora, nenhum partido respondeu a esta pergunta, que é "a" pergunta do momento e dos próximos anos. O PS, num orçamento feito à pressa, quer apenas fundir/extinguir 50 entidades. E, ao que parece, essa medida representa apenas uma poupança de apenas 100 milhões. Compare-se esta timidez com a coragem do novo governo britânico, que vai mexer em 481 institutos (eliminar 192, fundir 118 e reestruturar 171).
III. Mas o PSD também está a falhar neste ponto. Aliás, para ter toda a razão do seu lado, falta ao PSD uma lista completa dos cortes da despesa. Ou seja, o PSD devia pegar nas 1 4 mil instituições que dependem do Estado e apontar publicamente para aquelas que devem ser abolidas. Os cortes não são feitos em abstracto. Mas, claro, isto implica colocar em causa centenas e centenas de boys do PSD , que andam malucos para ocupar o espaço dos boys do PS. Portanto, esta é a grande questão política em cima da mesa: o PSD quer, de facto, refundar o Estado para impedir que a coisa pública continue a ser um pasto para os boys? O PSD quer, de facto, ser diferente do PS? O PS quer mesmo diminuir o número de cargos-públicos-inúteis-mantidos-por-favores-políticos (vulgo: tachos)? Ora, se o dr. Passos estiver mesmo interessado nisso, então, pode olhar para a lista do dr. Marques Mendes.