Dedicado ao dr. Sócrates
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1. Uma das boas notícias da semana é o fim da ambição da direita gay (em relação a uma possível candidatura a Belém). A direita gay é aquela direita que só reage a um assunto: o casamento gay. Impostos inconstitucionais? Não. Mentiras de Sócrates? Não. Reforma do Estado Social? Não. Esta boa gente só reage publicamente quando o assunto é o casamento gay ou o aborto. Estavam zangadinhos com Cavaco, e queriam tramar Cavaco, até porque a snobeira social ainda está activa contra o homem que veio de uma aldeia algarvia.
2. Além de homofóbica, esta direita, estou desconfiado, é misógina. Mas, felizmente, as mulheres já podem votar e o divórcio já é legal. Portanto, aqui já não pode haver uma contra-causa.
Não é o talento, Adolfo. É o medo que uma parte do país tem da mudança. E é o exército de dependentes do OE que o PS criou ao longo de 15 anos. Isto não se muda apenas em algumas semanas. O canto da sereia irresponsável existe, mas está a jusante.
(...)
III. Vamos a outro caso, que não é tão chocante, mas que acaba por revelar o problema de fundo. Alexandre Rosa foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional, área em que não tinha qualquer experiência. As reacções deste senhor são bem interessantes. Diz ele: "Estes lugares são de nomeação política, é normal que se escolham pessoas em quem se tem confiança política! Eu executo políticas do governo". Ora, o problema está precisamente aqui. O problema está no facto de os altos postos da função pública estarem abertos ao saque do partido do poder (PS ou PSD). Como tem dito António Barreto, há que acabar com esta lei que possibilita ao Governo colocar os seus boys no topo da hierarquia do Estado. Estes lugares de topo devem ser ocupados por funcionários públicos (depois de um concurso livre e transparente) e não por boys.
IV. Eis, portanto, a história da Era Sócrates: a sociedade está um caco, a economia do comum dos mortais está uma miséria, mas a economia dos boys do PS está bem e recomenda-se. Não é por acaso que o PS passa a vida a defender o Estado. É que esse Estado, que nos consome os impostos, é a galinha de ovos de ouro dos socialistas, sobretudo daqueles que têm a sorte de ter o número de telemóvel do primeiro-ministro.
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