Bronze (VII): Johann Strauss II, Der Zigeunerbaron
Não vou muito à bola com a família Strauss. Raves para meninas com espartilho não é muito a minha onda. Mas isto é bom.
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Não vou muito à bola com a família Strauss. Raves para meninas com espartilho não é muito a minha onda. Mas isto é bom.
Numa democracia madura, um ministro do ambiente que deixa um monstro comercial invadir uma área ambiental reservada - poucos dias antes de eleições - nunca mais era ninguém. É a coisa da mulher de César. Sucede que, em Portugal, não existe responsabilização política (o parlamento é um sítio para a retórica e não um instrumento de contra-poder, por exemplo; reparem na escandaleira que o PS fez sobre algo que devia ser normal: comissão de inquérito). O facto de José Sócrates não ser culpado à luz da justiça não invalida a condenação política do licenciamento do Freeport. O que é legal nem sempre é legítimo. Eis uma coisa que o socratismo nunca vai conseguir anular, com ou sem Cândidas de Almeida, com ou sem Lopes da Mota.
2. A malta do PSD que pense nisto: aqueles que andaram a queimar Sócrates durante seis anos vão arranjar maneira de queimar Passos.
Fala-se muito da busca do grande romance americano, esse livro mítico com a capacidade de resumir o espírito americano. Ora, acho que também podemos falar do grande romance europeu. E nem é preciso iniciar a busca, porque esse romance já existe. Chama-se "Austerlitz". Sebald deixou-nos o livro que resume, na perfeição, o "ar do tempo" europeu. O peculiar estilo labiríntico de Sebald é a forma ideal para abordar esse labirinto que é a memória europeia. A Europa está enleada na sua memória, tal como Austerlitz está enleado na história da sua família.
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