Não é por mal,
mas, de facto, quando oiço o hino da Alemanha só me apetece invadir a Polónia.
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mas, de facto, quando oiço o hino da Alemanha só me apetece invadir a Polónia.
Caro Nuno, posso saber as ideias com as quais discordas?
Início do epílogo, pp. 273-274:
... A África do Sul tem um Presidente polígamo. Orgulhosamente polígamo, diga-se. Jacob Zuma pertence à tribo Zulu, logo, achou por bem casar-se com três mulheres. O terceiro casamento presidencial causou recentemente uma enorme polémica na Grã-Bretanha e na minoria branca da África do Sul. Mas, apesar destas críticas eurocêntricas, a situação é bem clara: a África do Sul legalizou a poligamia em 1998. Numa espécie de revolta normativa a partir dos lençóis, os sul-africanos re-legitimaram uma prática ancestral que tinha sido ilegalizada pela cultura ocidental ...
Na resposta à recente polémica, um deputado do ANC não podia ter sido mais transparente a este respeito: “vivíamos com leis impostas pelos brancos. Tínhamos de fingir que éramos europeus. Com essa mudança passámos a ter domínio sobre as nossas vidas”. Os europeus podem considerar a poligamia uma aberração, mas os sul-africanos não pensam dessa forma. No passado, os europeus tinham o poder necessário para impor a monogamia como único modelo moral legítimo. Hoje, os europeus não têm esse poder, e, portanto, são forçados a conviver com uma prática que consideram ilegítima. Esta questão da poligamia simboliza, de forma quase cómica, o fim do eurocentrismo, o outro grande paradigma defendido neste livro. Se o mundo pós-atlântico representa a revolta material dos Estados não-europeus, o fim do eurocentrismo simboliza a revolta intelectual e normativa dos actores não-europeus contra a hegemonia intelectual e moral do velho Ocidente. Se o pós-atlantismo actua no mundo empírico, o fim do eurocentrismo remete para o mundo das ideias, das narrativas normativas, dos instrumentos conceptuais que determinam a percepção da realidade.
Foi este indivíduo que nos colocou no pântano. Foi esta pessoa que, por exemplo, criou o desastre das SCUTs. Em boa medida, a governação de Sócrates consiste em retirar ao país as benesses criminosas dadas por Guterres (excepto na parte das construtoras civis; aí, no eixo Guterres-Vara-Coelho-Sócrates, continua tudo na mesma).
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