Um político que "não diz a verdade" não é "mentiroso".

I. No "Público", bom texto de Pacheco Pereira sobre o lixo das caixas de comentários dos jornais. Fez-me lembrar isto que escrevi sobre o episódio entre João Bonifácio e um clube de futebol:

As caixas de comentários da internet são sacos de lixo. Aquilo que aparece nas caixas de comentários está ao nível das paredes das casas de banho públicas. Ou seja, a tal 'democracia virtual' cheira muito mal. É por isso que o pedido de desculpas do "Público" é preocupante. É esta a imprensa do futuro? Iremos escrever sob o jugo dos comentários anónimos da internet? No futuro, a qualidade da opinião do jornal impresso estará prisioneira da quantidade de insultos oriundos da internet? Isso seria péssimo. Isso representaria o triunfo da 'liberdade respeitosa', essa coisa que não entende o seguinte: a quantidade de insultos está directamente relacionada com a qualidade do texto. Um bom texto provoca insultos porque toca nas feridas que doem. Escrever, meus amigos, não é dar palmadinhas no ombro do leitor. E um cronista que não recebe insultos é um idiota.

II. A pergunta é esta: os jornais, o espaço público por excelência, podem dar espaço à cultura do anonimato?

1. "Há filmes que escapam às lógicas dominantes e, em terra estranha, conseguem germinar prodígios. É o caso desta ficção operática, que sabe filmar a urgência dos corpos e dos sabores que inebriam com uma precisão, uma elegância e um refinamento que se julgavam extintos depois de Visconti ... "

Jorge Leitão Ramos, Expresso.

2. Como é óbvio, a malta que pensa que o cinema começou com Tarantino não vai gostar deste filme.

O deputado que furtou dois gravadores aos jornalistas que o entrevistavam continua a comunicar com o país.

Vasco Barreto