Pode assinar a petição "todos pela liberdade" aqui. A questão é muito simples: pede-se que as instituições da República honrem o tal espírito republicano e fiscalizem as acções pouco claras do primeiro-ministro.

http://todospelaliberdade.blogs.sapo.pt/

Vista a esta distância, constata-se que a conspiração estival de Belém não passava de uma criancice de ingénuos. Enquanto Cavaco deixava no ar a suspeita de ser vítima de vigilância do governo, no quarto do poder congeminava-se a neutralização dos jornalistas incómodos com objectivos partidários, usando os recursos do Estado. E tudo feito com a tranquilidade de ter no topo do sistema judicial um procurador-geral amigo e contemporizador. Daqui ninguém sai vivo – o sistema político, o económico, o judicial. Por razões externas (a imagem do país nos mercados, o orçamento, o Plano de Estabilidade e Crescimento) e internas (o desnorte no PSD), talvez o Presidente evite ser agora consequente face ao irregular funcionamento das instituições. Mas o que a mensagem de Cavaco no sábado (“todos temos de cumprir a lei”) já revela é que Sócrates está ligado à máquina. Sair do coma nestas circunstâncias é uma improbabilidade estatística. 

Ana Sá Lopes

PS: ainda há gente que não tem medo de ver o óbvio. Bravo.

Caro Eduardo Pitta, um dos nossos melhores professores de direito tem aqui a resposta que eu queria dar. Está lá tudo. Não tenho de dizer mais nada.

Se a Sócrates, a quem competia dar explicações, reage como reagiu, se a Justiça não viu naquelas conversas indícios criminais (e nem tudo o que não é crime é admissível num chefe do Governo), terá de ser o Presidente e o Parlamento a retirar as consequências políticas de uma investigação séria e independente.

Henrique Monteiro

Uma concentração pacífica para exigir que as instituições façam o seu trabalho. As instituições deste país têm o dever de fiscalizar as acções pouco claras do primeiro-ministro. É, com certeza, a primeira manif institucionalista da história. Quem acredita que as regras da democracia estão acima de qualquer primeiro-ministro, seja ele qual for, deve aparecer.

A democracia não é um estado de alma. É uma coisa com regras claras. Marques Mendes, José Eduardo Moniz, o “Correio da Manhã”, Eduardo Cintra Torres, José Manuel Fernandes, Manuela Moura Guedes e Mário Crespo têm razão: Sócrates perdeu qualquer credibilidade e tem de sair do poder.