Penso, logo acho (o meu adeus ao DN), João Miguel Tavares.
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Penso, logo acho (o meu adeus ao DN), João Miguel Tavares.
Crónica do Expresso do sábado passado: "Os 'inclementes' de 1910"
[...] Como é óbvio, a velha inclemência jacobina nunca admitiria que MC é um intelectual interessante. Para estes 'inclementes' de Afonso Costa, um bispo só pode ser um medíocre. Por isso, nem precisam de ler. Basta-lhes o ódio, essa poderosa fonte de conhecimento. O ódio tem várias origens, mas tem sempre o mesmo efeito: simplifica o mundo aos olhos do 'odiador'. Para o 'odiador' jacobino, o mundo é muito simples: há os bons (os jacobinos) e os maus (os católicos). Tenho a dizer que, por vezes, até sinto uma certa inveja desta clareza do 'odiador' jacobino. É que este ódio facilitar-me-ia a vida. Se possuísse esta raiva anticlerical, deixaria de ter dúvidas e, acima de tudo, passaria a ter à minha disposição um inimigo que legitimaria todos os meus disparates: a infame [...]
Está aqui o título do próximo romance de Lobo Antunes.
Se tivesse dado um tom sombrio ao filme (como em Aliens ou Terminator), Cameron tinha feito um grande filme. Mas o dinheiro gasto em "Avatar" era demasiado para arriscar no argumento. E, agora, espera-se que Cameron faça um Aliens negro em 3D, e não uma fábula para toda a família. Porque isto da 3D é muito à frente. Hitchcock, se fosse vivo, estava a bater palminhas. Refazer o Rear Window em 3D seria um exercício fabuloso.
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