O (meu) nobel deste ano
- É verdade. E não desistimos. Por quê?
- A velha questão da consciência.
- Essa puta continua nos atormentando. Parece que no fundo gostamos de sofrer.
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- É verdade. E não desistimos. Por quê?
- A velha questão da consciência.
- Essa puta continua nos atormentando. Parece que no fundo gostamos de sofrer.
Uns pequenos comentários que fiz para o P1 da Renascença
1. Che era um utópico sanguinário. Bastaria dizer que Che era “utópico”, mas, infelizmente, a palavra “utópico” ainda tem um lastro benigno. Infelizmente, as pessoas ainda não percebem que “utopia sanguinária” é pleonasmo. Toda a utopia acaba em sangue. Não há nada pior do que um virtuoso com poder.
2. O mito de Che é mantido pelo capitalismo. A famosa t-shirt com a foto de Che é um símbolo do mundo capitalista, e não do mundo socialista (o norte-coreano, coitado, não tem t-shirts, nem a do Che, nem outra qualquer). Aquela foto é uma “marca” que tem sido amplamente comercializada. Ou seja, Che é um mito devido à acção daquilo que mais odiava: o capitalismo. É um pouco como Michael Moore. Esse “propagandista” faz filmes a criticar o capitalismo, mas está rico devido ao tal capitalismo. É o malvado “sistema capitalista” que transforma os filmes de Moore em sucessos mundiais. E reza a lenda que Moore cobra uns 2 mil dólares por entrevista. Nada mal para o Che do celulóide.
Depois, o mito de Che está de pé devido à ignorância histórica da minha geração. A malta anda com uma t-shirt de um assassino, porque, simplesmente, não sabe que Che foi um assassino. Com meia hora de leitura, qualquer pessoa pode descobrir os crimes de Che. Mas ninguém faz isso. A minha geração foi educada a desprezar a história.
É Outubro, e ando de calções e de havaianas.
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