O que há para debater entre Louçã e Jerónimo? Nada. São iguais.

1. Sócrates disse que tem "amigos juízes, e que muitos até fazem parte do governo". Isto é inacreditável. Ao trazer juízes para o governo, Sócrates rasgou os princípios da separação de poderes, e, depois, ainda por cima, tem orgulho nisso.

2. Sócrates afirmou que não concorda com a decisão do Tribunal Constitucional (TC) em relação ao estatuto dos Açores. Ora, os acórdãos do TC – quando são unânimes desta forma - não são questões de opinião. São questões de facto. O estatuto dos Açores é inconstitucional. Ponto final. Mas Sócrates continua a achar que a sua opinião é superior ao TC. Se calhar, Sócrates considera que a vontade do primeiro-ministro nunca é inconstitucional. Nixon ia gostar.

Segundo li, há dias, numa crónica de José Diogo Quintela, Louçã não consegue dizer que tem uma “empregada”. Diz que tem uma “senhora que vem ajudar”. Estes complexos sociais da esquerda caviar (i.e., meninos bem nascidos com vergonha de serem meninos bem nascidos) dão vontade de rir.

1. Mais uma vez, Judite de Sousa permitiu que José Sócrates (JS) transformasse uma entrevista num comício.

2. JS parece que, em vez de política, faz psicologia barata. Frases como “o importante é despertar a energia positiva que há em nós” são próprias de revista cor-de-rosa. É de um optimismo "que roça o patético” – citando Mário Soares sobre Ferreira Leite –, como se a sua vontade fosse suficiente para transformar Portugal no país das maravilhas.

3. JS é intelectualmente desonesto quando diz que o PSD é muito à direita no sentido liberal. Até prova em contrário, o PSD é tão liberal como o PS.

4. JS insiste na falácia da crise internacional como causa de todos os males. Os problemas estruturais já lá estavam e não foram minimamente retocados.

5. JS ainda a cultura da elite política, sem um pingo de respeito pelo rigor institucional. Sócrates diz que tem amigos juízes e alguns no governo. Ora, um juiz nunca pode ser ministro.

no i.

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