Decisão
"Mas as forças e as potências históricas não esperaram pela ciência, tal como Colombo não esperou por Copérnico".
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"Mas as forças e as potências históricas não esperaram pela ciência, tal como Colombo não esperou por Copérnico".
Os problemas na província rebelde chinesa são apenas os primeiros sintomas do fim de uma breve e rápida gripe analítica que por aí andou: a gripe do fim da unipolaridade, e do advento do mundo multipolar. Como aqui defendi, o facto de o tandem EUA - Europa ter sido forçado a abrir a mesa do g8 (agora g20) não determina o fim da unipolaridade. Temos pena. Os novos poderes, como a China, têm demasiados problemas internos para pensarem em desafiar a unipolaridade.
O que terminou foi a orientação eurocêntrica da política mundial. O mundo não está pós-americano, está pós-atlântico. Os novos poderes (ainda) não têm poder para terminar com a unipolaridade, mas já têm poder para implodir o monopólio transatlântico da "governança" mundial. Ou seja, os americanos, antes, consultavam apenas os europeus (e bebiam chá com os japoneses). Hoje, os americanos têm de consultar indianos, brasileiros, chineses e demais malta ao mesmo tempo que falam com os europeus. Quem perdeu poder foi a Europa, a mesma Europa que andou aí a comemorar o fim da unipolaridade. Temos pena.
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