Jojó na música clássica
O "Boléro" de Ravel foi a primeira música de elevador da história. Chatinha, chatinha.
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O "Boléro" de Ravel foi a primeira música de elevador da história. Chatinha, chatinha.
Luciano Amaral
O universo de Fonseca e Rodrigues é muito parecido: sexo, violência, adultério, tragédia familiar, etc. Mas a forma como abordam esse universo é completamente diferente. Parecem gémeos no quê, mas inimigos no como.
Fonseca é o rei da secura. Fonseca parece um marciano observando os humanos. Donde a sua escrita é um espaço sem adjectivos. Nelson, não. Nelson é um dos nossos, ele faz parte dessa tragédia. Não é um marciano que observa. Ele está dentro da selva. Daí ser o rei da volúpia formal não contida, que está nos antípodas da escrita de Fonseca.
Zakaria
Não, Jojó! Os primeiros dez segundos não são o início da banda sonona do Tubarão.
Nelson Rodrigues estava muito mal. Pensava mesmo que morria. Um colega do jornal pergunta "quais são as tuas últimas palavras, Nelson?". "Você promete que publica?", respondeu o bardo tarado. Ao receber o sim, dispara: "Que besta graduada era o Carlos Marx!".
Noronha de Nascimento é o manda-chuva do nosso Supremo Tribunal de Justiça. Mas não parece. Nascimento comporta-se mais como um líder de um partido, tal é a sua ânsia de dar palpites sobre medidas políticas. O Expresso perguntou-lhe como poderíamos mudar as coisas na Justiça. Ele responde o seguinte: controlar o crédito ao consumo (ah?), e, segurem-se, fazer a regionalização. E eu fiquei pensando: mas este tipo é um juiz ou é o Vitalino Canas?
É exasperante a forma como os nossos juízes e procuradores tentam participar no processo político, coisa que fica muito a montante da sua posição de agentes da justiça. Os nossos juízes são de uma espécie à parte: os juízes-políticos.
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