Ler, por amor ao Altíssimo, este post de Pedro Jordão sobre Francisco Louçã. 

1. Ao ler o Alienista, fiquei com esta ideia: em 1882, Machado de Assis fez o primeiro "1984", ou o primeiro "Nós". Uma contra-utopia, onde se critica o excesso de ciência. Ou melhor, uma contra-utopia irónica (e não negra) contra a forma como a ciência tomou conta da política. A isto se chamou, já no século XX, totalitarismo.

2. Já não me lembro se Borges leu Assis ou não. Mas Borges iria gostar, com toda a certeza, desta novela (ou conto XXL) de Assis. 

1. Tenho dito que o Irão ainda vai voltar a ser o aliado central do Ocidente no Médio Oriente. É ter calma, que o regime vai implodir. E isso não tem nada que ver com Bush ou Obama, mas com as próprias movimentações iranianas. A retórica do regime contra Israel e EUA é um sintoma de fraqueza e não de força. É velha a lição: quando estás fraco no interior do teu país, inventa um inimigo externo.

2. É bom lembrar que nas últimas eleições metade da população - a metade jovem e ocidentalizada - não votou, ou seja, votou contra o regime através da abstenção. É essa metade que está agora nas ruas, fazendo uma abstenção armada.

3. Os persas não são árabes. É outra gente. É na Pérsia que vamos encontrar o maior número de marcas que consideramos ocidentais, mas que, na verdade, são universais. Isso é evidente, por exemplo, nas mulheres persas.

4. Antes de 1979, a Pérsia tinha a melhor condição feminina da região.  

"... outros passam à reforma sem totalmente terem chegado a definir o sentimento de solidão na poesia sioux. Mas todos são indubitavelmente peritos".