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Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

04
Mai09

A III República não defende a nossa liberdade; defende a liberdade de acção dos partidos

Henrique Raposo

 

 


 

 

A convite da Visão, participei neste inquérito.

 

a)       Ideia para reforçar a liberdade?

A III República não defende a liberdade; defende o partido da maioria. Hoje, o PS controla parte do Tribunal Constitucional (veja-se o “caso Rui Pereira”); o Banco de Portugal é liderado por um homem do PS. Idem para o Tribunal de Contas. Estas instituições de contrapoder têm de sair da esfera do sistema partidário. “Partidos” é uma palavra que não rima com “Liberdade”.

 

 

b)       Ideia para reforçar a democracia?

Os partidos estão desligados dos portugueses, porque são financiados pelo Estado e não pela sociedade. Os nossos partidos inverteram a máxima da democracia representativa: representam o Estado e não os eleitores. Querem reforçar a democracia? Então, experimentem “privatizar” o sistema partidário: se um partido não é capaz de se sustentar com o dinheiro que angaria na sociedade, então, não é representativo de coisa nenhuma.

 

 

c)        Ideia para construir uma sociedade mais solidária?

Querem mais solidariedade? Mas como? A III República só foi pensada para fazer a tal “solidariedade”, e vejam o estado a que chegou. Não precisamos de mais solidariedade. Precisamos, isso sim, de mais respeito pelo mérito individual. “Solidariedade” rima com “sociedade que protege a mediocridade a pretexto de direitos solidários”.

04
Mai09

Ópera bufa

Henrique Raposo

 

 

 

Continuando.

1. Este Estado Novo tardio era uma ópera bufa. A nomeação de Costa Gomes (1972) para o cargo de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas é disso um exemplo. Américo Tomás, consultado por Marcello Caetano, foi contrário à nomeação de Costa Gomes, devido à participação de Costa Gomes do golpe de 1961 (“Abrilada”). Marcello apoia Costa Gomes, porque este era dos poucos militares com capacidade para o cargo. O outro possível candidato, Kaúlza de Arriaga, estava incompatibilizado com Marcello.

2. E repare-se nisto: o Estado Novo não era um monólito de uma só cor. Havia várias correntes dentro do regime. O regime, através de Marcello, escolheu um general mais à esquerda (Costa Gomes) em detrimento de um direitista (Kaúlza). Isto revela que o Estado Novo era um equilíbrio permanente entre várias sensibilidades, como nas cortes dos reis absolutistas. Ou seja, Marcelo - um rei fraco sem capacidade do velho rei forte, Salazar - representava um centro fraco entre militares “direitistas” (Kaúlza) e militares “reformadores” (Spínola e Costa Gomes). Isto abriu espaço aos capitães.  
 

04
Mai09

Só a implosão da Ásia pode manter os "direitos adquiridos"

Henrique Raposo

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