Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

28
Abr09

Uma crónica é uma crónica

Henrique Raposo

João Galamba,

 

Quando dizes que me deixo dominar pelo entusiasmo - e que isso prejudica a qualidade das minhas ideias - só posso tomar isso como um elogio. Porque um post ou uma crónica é isso mesmo: um entusiasmo formal sobre a realidade. Uma crónica não é um artigo de opinião ou - muito menos - um texto académico.

Se afirmares o mesmo depois de leres isto ou isto, então sim, ficarei preocupado. Prezo muito as diferenças entre os diferentes registos.

 

Eu não tenho nenhum entusiasmo por Barroso. Só me parece evidente que um presidente de Comissão português é uma boa ideia. É só isso.

 

O resto do teu raciocínio não percebi bem. Mas, de facto, só admiro instituições, e nunca admiro políticos.  Porque, precisamente, todos os políticos - liberais ou não - são máquinas sedentas de poder, que precisam de ser filtradas pelas instituições. E os políticos têm mesmo de ser assim para suportar o poder. Não é defeito. É feitio. Mas isto, parece-me, é outra discussão.

 

 

28
Abr09

A paranóia

Henrique Raposo

 

Quando vejo as nossas sociedades nesta absurda paranóia viral, só me lembro deste filme. Como filme, ficou longe daquilo que poderia ser. Como lição de política, é bem bom. A narrativa tem como ponto de partida o medo da população em relação a uma doença e a forma como um partido aproveita esse medo para impor um regime pouco democrático. Quem tem a cura tem o poder.

 

 

28
Abr09

A ilegalização da direita

Henrique Raposo

1. Crónica do Expresso:

 

(...) E essa ilegalização criou raízes. Ainda hoje as pessoas falam do "arco governativo" (PS, PSD e CDS) por oposição aos revolucionários (PCP e BE). Este "arco governativo" é, assim, o novo nome de código do 'socialismo pluripartidário'. Ou seja, mesmo quando não está no Governo, o PS 'governa' o país através deste consenso que o PSD e CDS nunca tiveram coragem de romper. 35 anos depois, a direita continua ilegalizada (...)

 

 

2. Bloco central? Mas o bloco central sempre existiu desde 1976. É um bloco central ideológico, que determina o seguinte: não pode haver políticas liberais e conservadoras em Portugal. A direita pode ser reaccionária nos costumes, mas no Estado e na Economia tem de ser tão estatista como a esquerda.

28
Abr09

A histeria com a saúde

Henrique Raposo

O Ocidente já foi simbolizado pelo “engenheiro”, pelo “juiz” ou pelo “mercador”. Agora, o seu melhor símbolo é o “médico”. Eis o símbolo de uma civilização onde os primeiros-ministros já não precisam de ser competentes. Basta-lhes fazer jogging.

27
Abr09

2009 não é 2004

Henrique Raposo

Caro Bruno Alves,

tenho uma novidade para si: todos os políticos são “oportunistas sedentos de poder e reconhecimento”. Sabe o que é um político que não é “oportunista sedento de poder”? Um blogger.

 

Barroso é um político, e não um mestre de cerimónias de ética. Pode criticar a saída dele em 2004, mas não use esse argumento, como se houvesse um político que não fosse oportunista e sedento de poder. A política é isso. A questão, em 2009, é esta: queremos um Presidente de Comissão português, que ainda por cima tem tendências liberais?

 

Não temos de convidar os políticos para tomar chá lá em casa. Não quero a ética de Barroso. Não quero que ele seja o babysitter dos meus infantes. Quero, sim, que ele me represente politicamente. O asco pessoal que podemos ou não sentir pelo político X ou Y não interessa na analise política. Análise política com ressentimento tem um nome: terapia.
 

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

  •  
  • Henrique Raposo:

  •  
  • Rui Ramos:

  •  
  • Notícias

  •  
  • Revistas

  •  
  • Blogs

  •  
  • Arquivo

    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2013
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2012
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2011
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2010
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2009
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D