Bondade, II
Ana, a bondade está na Susan Boyle. A bondade é a Susan Boyle.
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Ana, a bondade está na Susan Boyle. A bondade é a Susan Boyle.
1. A textura, a espessura da imagem de Michael Mann é única no cinema de hoje. Mann, hoje, mostra como o cinema é (deve ser) mais arte plástica do que algo derivado do teatro ou literatura. Há coisas que só podem existir no cinema, através da imagem. Imagem, repito. Mann, além de ter essa sensibilidade visual, está sempre rodeado por grandes montadores (montador é mais profético do que editor) e por grandes directores de fotografia. A capa deste livro - retirado do Heat - é um quadro. É um quadro no sentido clássico da pintura. Às vezes, apetece dizer que a pulsão clássica da pintura (criar texturas, criar luz e sombra, brincar com a luz, recriar a realidade, etc.) está hoje nos directores de fotografia e não nos pintores - que andam a brincar às pós-modernices.
2. O grande erro do cinema português, por exemplo, é entender o cinema como um apêndice do teatro ou literatura. Por isso, os mesmo bons, como Marco Martins, passam anos sem conseguir filmar. O dinheiro vai sempre para os realizadores-que-são-escritores-falhados, que, supostamente, representam uma - suposta - especificidade do cinema português.
Das duas, uma: quando Louçã afirma que Sócrates tem uma "política liberal" (na RR), está a demonstrar ignorância - para usar um eufemismo - ou está a mostrar desonestidade. Espero que seja a segunda hipótese, embora me sinta atraído pelo humor involuntário da primeira.
Ler, sff, as declarações de Jónatas Machado no Expresso de hoje. "A especulação jornalística é parte da liberdade de expressão". Uma crítica séria à mania portuguesa, dos tribunais portugueses, de colocar um subjectivo "Bom Nome" acima da objectiva liberdade de expressão.
Verhoeven, Bruno Vieira Amaral
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