31
Jul13
A NATO também era uma impossibilidade
Henrique Raposo
Atlântico, Março 2008
"(...) Na segunda parte do livro, Lippmann tentou projectar a estratégia americana para o pós-II Guerra. Aqui, dá para perceber que a Guerra-Fria foi uma surpresa para os americanos. Em 1943, Lippmann ainda encarava a Rússia de Estaline como uma potência clássica normal (...)Lippmann via em Moscovo um dos parceiros centrais dos EUA para o pós-guerra; Rússia, China e Grã-Bretanha deviam ser os aliados americanos. Ou seja, o intelectual americano mais influente do seu tempo queria manter o ADN americano intacto, isto é, queria que os EUA evitassem contactos com a Europa continental. Afinal, «a nossa preocupação nunca recaiu sobre assuntos europeus, e tivemos sempre preocupados com assuntos mundiais. As nossas relações centrais têm sido, e são, com poderes extra-europeus»(...)”.