Isto da EDP faz-me lembrar a "Outra PT"
p. 25:
(...) O mercado é o mercado. Os salários de um CEO português não podem ser protegidos e inflacionados para níveis alemães ou americanos. Zeinal Bava e António Mexia são, com certeza, os Di María da gestão, mas isso não lhes dá o direito de receberam como se estivessem em Manhattan. Se os "Reais Madrid" contratarem Bava ou Mexia, pois muito bem: sorte a deles, e oportunidade para novos Mexias e Bavas. O que não é aceitável, o que torna Portugal num país injusto é esta aritmética aristocrática: para os Bavas e os Mexias receberem como se estivessem a jogar no Real Madrid, um exército de gente anónima tem de levar 700 euros para casa. Isto é injusto. E, atenção, não estou a pôr em causa as remunerações altíssimas destes gestores. Grandes responsabilidades devem rimar com salários faraónicos, pois claro. Estou apenas a apontar para a injustiça óbvia que é ter o topo da empresa em Manhattan quando o corpo da dita empresa está em Odivelas ou no Barreiro. A pornografia não está nos milhões que Bava e Mexia recebem, mas na discrepância entre o topo engomado e a base maltrapilha (...)