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Dez11
Fetiche europeu: ai que não há esperança
Henrique Raposo
Coluna de hoje do Expresso online:
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Portanto, em 1996, a identidade europeia ainda tinha de recuar até 1945. Exagero? Não sei, talvez. Mas, de facto, os europeus não deram a devida importância à paz e prosperidade de que usufruíram na pausa histórica (1989-2008). Como dizia o meu avô num português perfeito, we never had it so good.
Mas a problema principal do livro nem sequer é este pessimismo deslocado no tempo. O problema central está no facto de Finkielkraut assumir que Auschwitz é uma questão da Humanidade inteira. Lamento, mas não é. Auschwitz é uma questão da história europeia, e não mundial.
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