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"A Revolução de 1926 e o Estado Novo resultaram de uma aliança entre monárquicos e republicanos, entre católicos e não-católicos, entre maçons e não maçons. Alguns partidos da República (a Esquerda Democrática, a União Liberal Reformista de Cunha Leal) estiveram entre as forças que mais festejaram o fim da “ditadura” do Partido Democrático. Nos bastidores, republicanos de direita e de esquerda disputaram influência junto da ditadura ombro a ombro com monárquicos e católicos. Fernando Pessoa explicou melhor do que ninguém esta variedade de apoios à causa de 1926: a I República mergulhara o país num caos institucional que impossibilitava qualquer gestão política legítima; Portugal vivia num “estado de guerra civil – de guerra civil pelo menos latente”. Devido a este clima provocado pelo facciosismo do Partido Democrático, inúmeros republicanos apoiaram 1926 e formaram depois a corte republicana de Salazar (ex.: Bissaya Barreto, Albino dos Reis, Manuel Rodrigues, Duarte Pacheco)"
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