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Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

31
Jan11

Pá, acabem com a SIC

Henrique Raposo

É normal todo este ódio em relação à ideia de um serviço público prestado por privados. Nós só tivemos um TV privada em 1992. 1992. Em 1982, a maioria também devia defender que a TV, um serviço público, só podia estar nas mãos do Estado. Aliás, ao fazer RTP-N, o Estado continua a achar que a SIC-N não é serviço público.

Portanto, está tudo normal. Em 2020, vamos chegar ao cheque ensino, duas gerações depois da Suécia. Está dentro da média. Não faz mal.

31
Jan11

Um desporto nacional:

Henrique Raposo

destruir escolas católicas, só porque são católicas. Pombal fez isso. Os republicanos fizeram isso. É uma tradição, com ótimos resultados. Na Alemanha, essa terra bárbara, há imensas escolas religiosas apoiadas pelo contribuinte. Quem diria. Somos muito avançados.

31
Jan11

Pá, então acabem com a ADSE

Henrique Raposo

1. Argumento que é dado para acabar com as escolas privadas com contratos de associação com o Estado: "o Estado não deve financiar privados. Se querem ensino privado que paguem". Pois, muito bem: apliquem esse belo raciocínio à ADSE. O Estado não tem nada que financiar privados. Não tem nada que dar dinheiro a hospitais privados, não tem nada que dar dinheiro ao funcionário público para ele ir à procura do serviço de saúde que bem entender. Os funcionários públicos que vão aos hospitais públicos, pá, como toda a gente.

 

2. Nova aplicação desse raciocínio: vamos, então, retirar a ADSE aos professores das escolas estatais. Por que razão um professor de uma escola estatal tem direito a um seguro de saúde que lhe garante liberdade de escolha, quando o resto da população não tem direito a essa opção? Ou será que as stôras não têm direito à ADSE?

 

3. A ADSE é uma boa solução. A ADSE aplicada às escolas também. É preciso acabar com esta dicotomia rígida público/privado. O que interessa é o serviço público. E esse serviço público pode ser feito por actores não estatais.

31
Jan11

A lógica da educação, versão PS

Henrique Raposo

1. A OCDE é clara: apoiar as famílias a escolher as escolas dos seus filhos é mais barato do que manter escolas estatais. Não estou apenas a falar da liberdade de escolha. É que essa liberdade de escolha é mais barata do que manter um sistema de escolas estatais onde não existe liberdade de escolha. Ou seja, o nosso modelo junta o inútil ao desagradável.

 

2. O nosso ministério não divulga os custos das escolas estatais.

 

3. O nosso ministério está a cortar apoio a escolas que fazem serviço público de ótima qualidade e a um preço mais baixo do que as escolas estatais.

 

4. Expliquem-me qual é a lógica disto? Devíamos estar a alargar os contratos de associação, não a cortar nos ditos contratos.

31
Jan11

O ministério da Fenprof

Henrique Raposo

1. O nosso ministério da educação é o ministério da Fenprof. A Fenprof e ministério fingem que são adversários, mas, na verdade, são faces da mesma moeda: um sistema de ensino centralizado que não admite pluralidade. Um sistema de ensino plural retiraria poder à Fenprof. O centralismo da 5 de Outubro é aquilo que alimenta a Fenprof. É uma pena que os professores não percebam isso. É uma pena ver os professores deste país a fazer o jogo de um sindicato alinhado com o PCP.

 

2. Os professores queixam-se, e com razão, que são escravos do ministério. Mas depois não levam essa indignação até ao fim, e continuam a defender um sistema de ensino ultracontrolado pela 5 de Outubro. Têm medo de um sistema de ensino descentralizado e assente nos contratos de associação. E têm medo porquê? Porque não querem a responsabilização que acompanha esse processo de descentralização? Ou é só medo da mudança?

 

3. No tempo da educação, tudo se resume à protecção do estatuto da carreira docente dos professores das escolas estatais? É isso?

31
Jan11

Os bloqueios políticos

Henrique Raposo

1. Quando é que o BE será um parceiro natural do PS? Quando é que os bloquistas terão a lucidez para serem "Os Verdes" do nosso SPD? O regime não pode continuar a ter esta incapacidade para fazer coligações à esquerda. É um absurdo. É como ter de viver com as consequências do PREC em 2011. A morte política de Louçã e de tudo o que ele representa será aqui fundamental.

 

2. Para onde vai este semi-presidencialismo? António Barreto está certo nas críticas que faz ao sistema? O regime deve evoluir no sentido de dar mais poder ao presidente, tal como defende Paulo Rangel? Ou o Presidente deve perder poder e legitimidade eleitoral (ou seja, o presidente deve ser escolhido pelo parlamento e não pelo povo?)

31
Jan11

Um desafio ao eurocentrismo

Henrique Raposo

 

1. Um dia, eu gostava de ver os ocidentais a discutir o Médio Oriente (ou qualquer outro cenário) fora da caixa. Há um problema no Médio Oriente, e a malta vai ler o Ny Times ou o Le Figaro, quando existem jornais da região disponíveis em inglês, como o Today's Zaman. Fala-se do Japão, e a malta lê o Le Monde e o The Guardian, quando so jornais japoneses têm edições em inglês.

 

2. Para falar sobre uma dada região, convém conhecer - pelo menos - as percepções das pessoas daquela região. Percepção, uma variável de estudo que não pode ser desprezada.

31
Jan11

Egito: uma novo Irão ou uma nova Turquia

Henrique Raposo

 

Coluna de hoje do Expresso online:

 

(...)

 

O Ocidente não pode dizer não à emergência de uma democracia mesmo quando essa emergência democrática significa a verbalização do ódio contra o Ocidente, contra os EUA, contra Israel. Quer dizer: a esquerda parisiense e lisboeta faz o mesmo, e nós continuamos vivos. E uma democracia de muçulmanos não é o mesmo do que um regime islamita, tal como uma democracia de cristãos não é o mesmo que viver sob o jugo das Bruxas de Salém. É isso que a Turquia mostra todos os dias.

 

(...)

 

Se duas Turquias seriam uma bênção, duas Pérsias totalitárias seriam um pesadelo.

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