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Clube das Repúblicas Mortas

Clube das Repúblicas Mortas

29
Out10

Separar o trigo do joio

Henrique Raposo

Crónica de sábado passado:

 

(...)

Sim, os cortes na função pública serão injustos para muita gente. Sim, muitos funcionários públicos, do polícia ao médico, não mereciam esta sorte. Mas este corte cego apareceu no horizonte, porque nunca houve coragem para separar o trigo do joio. Ou seja, os ministérios nunca separaram os 'indispensáveis' dos 'dispensáveis'. E este é o ato político que está por realizar: para protegermos os funcionários públicos indispensáveis e os serviços nucleares, nós temos de dispensar os funcionários-que-estão-a-mais e fechar os serviços-que-não-passam-de-tachos. Em 2011, o polícia, o enfermeiro, o médico e o funcionário dos impostos serão injustamente penalizados, porque os políticos não tiveram coragem para dispensar os milhares de funcionários-que-estão-a-mais. O Governo vai cortar 5% a 10% nos salários de todos os funcionários, quando devia diminuir 5% a 10% o número de funcionários. Há aqui uma diferença. É a diferença entre a cobardia burocrática e a justiça política. Não devemos cortar em todo o lado de forma cega. Devemos, isso sim, repensar o Estado, com o objetivo de proteger as áreas e os funcionários indispensáveis.

(...)

 

29
Out10

Um cadáver chamado PS

Henrique Raposo

 

(...)

 

III. Estes dois casos (Vítor Baptista e Ana Paula Vitorino/Lino) constituem a estocada final em Sócrates. Mas o pior é que Sócrates leva consigo a nossa dignidade enquanto comunidade política, enquanto espaço público. E, neste ponto, convém frisar o seguinte: todo o espaço público está ligado à máquina, mas há um actor que se destaca pelo ar particularmente cadavérico - o PS. O que dizer do PS? O PS aguentou Sócrates mesmo quando este se envolveu nos escândalos e casos que todos conhecemos. O PS aguentou "socráticos" inenarráveis como o senhor dos gravadores. É triste, mas a verdade é esta: o PS, meus amigos, só começará a expulsar Sócrates quando as sondagens indicarem a morte política do primeiro-ministro. Ora, tendo em conta os últimos sinais , os anjos bons do PS vão começar finalmente a aparecer. Que bravura.

 

 

Do Expresso online

28
Out10

BE e PCP também têm culpas no cartório

Henrique Raposo

"... a direita (psd e csd) é capaz de cooperar; a esquerda (ps, be, pcp) não, nunca foi (...) o sistema eleitoral permite que os partidos pequenos cultivem nichos sem se preocuparem com a cooperação".

André Freire, Público.

28
Out10

Uma falha no teatro

Henrique Raposo

... já nem houve o cuidado de fazer de conta que era a sério: Teixeira dos Santos levou para a conferência de imprensa um longo, muito organizado e devidamente dactilografado texto para justificar a ruptura que não se entende como podia ter sido redigido no escasso tempo que decorreu entre a saída de Catroga da sala de reuniões e o início da conferência do ministro das Finanças".

Helena Matos, Público

28
Out10

Ana Paula Vitorino

Henrique Raposo

A ver se percebi:

(a) Ana Paulo Vitorino disse ao MP que sofreu pressões do governo para beneficiar X.

(b) Ana Paula Vitorino continua a ser deputada do partido que apoia este governo.

(c) Por que razão não se demite do cargo de deputada, cara Ana Paula? É o único caminho aceitável que tem pela frente. Este (c) é o único caminho coerente tendo em conta (a).

28
Out10

E o OE2012? E o OE2013?

Henrique Raposo

(...)

II. Isto é ainda mais grave quando pensamos a médio-prazo. Porque o OE2011 é só o primeiro orçamento de guerra. O OE2012, o OE2013, o OE2014 também serão igualmente exigentes, até porque as bombas das PPP vão começar a cair de pára-quedas. Não há solução: nós temos de cortar na despesa gordurosa e inútil do Estado, no sentido de proteger as áreas nucleares. Sem esse corte, não haverá consolidação orçamental a médio-prazo e o Estado Social poderá entrar em colapso. E, neste sentido, o dado mais negativo destas negociações é o seguinte: o PS não está a olhar para o médio-prazo, não está a preparar o caminho para aquilo que tem de ser feito nos próximos anos.

(...)

 

Do Expresso online

27
Out10

As duas faces do PSD

Henrique Raposo

1. O PSD tem toda a razão substantiva do seu lado. Toda. É preciso cortar em todo aquele "estado paralelo". Até pelo seguinte: várias bombas (PPP) vão cair nos próximos anos.

 

2. Mas o PSD não se livra desta crítica: está a ameaçar com uma crise política numa altura em que o país não pode ter crises políticas. Parece que é a sina do PSD dos últimos anos: tem a razão substantiva do seu lado, mas, depois, não encontra a forma correcta de expressar essa razão. MFL tinha toda a razão do seu lado, mas foi incapaz de criar um discurso político. Passos tem razão nas exigências que faz, mas está a dançar um tango desnecessário e perigoso - para o país.

27
Out10

O país que detesta fazer contas

Henrique Raposo

Amigo: Fox, quando é que isto acalma? Estou farto desta agitação.

Je: brother, tu ainda não percebeste. "Isto" não vai acalmar nos próximos anos.

Amigo: como assim?

Je: como assim? Nos próximos 3/4 anos, vamos andar a fazer as contas que nunca fizemos nos últimos 20.

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